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PROIBIDOS DE SER
Trata-se de uma série de pinturas que partem da investigação da figura
humana. As personagens sempre com o rosto coberto por um saco de papel
pardo, tornam-se metáforas/denuncias das regras e padrões impostos pela
estrutura social bem como sobre suas mazelas. A construção de um paralelo
entre realidades distintas, que se aproximam pela necessidade de amor e
cuidado e que na maioria das vezes são desfavorecidas pela idade, pelo sexo
e pela raça. Meu trabalho é, portanto, um estado de negação da proibição da
identidade, proibição que começa na infância e através de várias instâncias nos
persegue ao longo da vida. O saco de papel é embalagem que não tenta velar
o que está dentro, mas é protesto, é lugar de fala, é grito contra o sistema
opressor.
“Proibidos de ser”, somos todos nós, sou eu e é você, que constantemente
levantam a cabeça e lutam, acreditando que ainda seremos vistos, ainda
seremos ouvidos, não importando a imagem que nos foi atribuída. “Proibidos
de ser” é de onde eu venho, artista, professor, criado em favela, sem galeria,
sem patrocínio, mas, sempre com o saco de papel na cabeça.

 

A primeira pintura "proibido de ser" foi feita em 2013 para um festival de talentos. Fiquei em segundo lugar! A pintura retratava um garoto de escola pública com o saco de papel na cabeça e que só teve acesso ao museu Inhotim, por intermédio de um projeto educativo. Depois de um tempo eu destruí a tela em crise de produção. Em 2017 retomei as figuras com sacos de papel na cabeça e então não parei mais.

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Primeira pintura - 2013

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Pintura de 2017 - 9 X 12 cm

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2019 - 95,5 X 112 cm

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2019 - 53 X 45 cm

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2019 - A liberdade ainda é sonho 

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2020

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2021 - 97 X 117 cm

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